segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
DECLARAÇÃO DE VOTO DOS VEREADORES DO PARTIDO SOCIALISTA CÂMARA MUNICIPAL DE MONTEMOR-O-VELHO GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO PARA 2013
A
Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento para 2013, demais documentação e
explicações complementares que integram a proposta, tendo sido elaboradas de
acordo com as normas e regulamentações técnicas, enquanto documento, não se nos
afiguram portadoras de quaisquer erros ou inexactidões. Porém, não nos podemos
pronunciar acerca de eventuais omissões por que se encontrem influenciados os
dados do presente documento, tal como nos foi apresentado.
Não
obstante, a análise na especialidade desta proposta de GOP 2013, permite-nos
aferir um conjunto de inconsistências previsionais, traduzindo um rigor técnico
pouco claro, que no limite poderão conduzir facilmente a uma sequência de
ilegalidades no decorrer da sua efectiva execução.
Uma
vez mais se denota, à semelhança de idênticas peças previsionais de anos
anteriores, uma metodologia de previsão sem estrutura conceptual,
principalmente ao nível da Receita, e que traduz um empolamento sistemático e
endémico desta rubrica, atendendo à evolução atípica da estrutura e montantes
da receita face ao histórico da sua efectiva cobrança, tornando o documento
previsional ineficaz como instrumento fundamental de controlo de gestão.
Apesar
do documento transparecer o cumprimento do principio do equilibrio orçamental,
este virá a ser decerto colocado em causa durante o ano de 2013, uma vez que
como reflexo do empolamento da Receita o executivo dará origem à execução de Despesa
sem que detenha meios financeiros suficientes para efectuar o seu pagamento,
conduzindo simultaneamente à violação da Lei dos Compromissos.
Esta
proposta de GOP 2013, representa, portanto, um instrumento político, de mera propaganda
eleitoral, pois nos termos em que se encontra expresso, será legalmente e na
realidade inexequível.
Esta
proposta de GOP 2013, perpetua um modelo de gestão ruinoso que tem sido levado
à prática por este executivo, nos últimos 11 anos, reflectindo uma estratégia
económica e financeira para a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, que se tem
demonstrado insustentável, quer ao nível da racionalização dos recursos, como
ao nivel da economicidade, da eficácia e da eficiência.
O
valor acrescentado destas GOP 2013, será a continuidade na geração de passivo
que condicionará o futuro do Município. E afirma-se esta premissa, pois não se
vislumbra qualquer instrumento de correcção à inadequação da estrutura
financeira de curto prazo, no sentido do seu efectivo controlo, por redução de
geração de despesa.
A
única estratégia deste executivo para fazer face aos constrangimentos de curto
prazo, tem sido apenas proceder à reconversão da estrutura de passivos. Foi
assim com a contratação de um financiamento de 16.500.000,00€ ao abrigo de um
contrato de Saneamento Financeiro, e de acordo, com outro ponto da ordem de
trabalhos que existe nesta reunião extraordinária e, naturalmente nas GOP de 2013,
também o voltará a ser com a contratação de novo financiamento ao abrigo do
PAEL, bem como, nova reestruturação da dívida de médio para longo prazo, com
inegável aumento dos montantes em dívida, como consequência lógica do
alargamento dos prazos de pagamento!
São
pelo menos duas gerações de autarcas, aquelas que se vão debater, arduamente,
no dia-a-dia da gestão deste Município para pagar todo este passivo gerado por
esta maioria PSD/PP, nos últimos 11 anos, bem como a encontrar soluções para
garantir as elevadíssimas despesas de manutenção que alguma obra feita, vai
gerar nos cofres das autarquia!
Esta
estratégia de reformulação do passivo, que isoladamente apenas permite o alívio
presente das enormes dificuldades financeiras, pois persiste em não haver
preocupação com a criação de valor, com o controlo efectivo da despesa e dos
desperdícios, com o controlo de gestão responsável e sustentado em critérios de
eficiência e economicidade, ainda para mais, o Ano de 2013, será mais uma vez,
para este executivo, ano de carência nos novos empréstimos a contratualizar...
“Quem vir depois que feche a porta!”
Em
causa, depois de 2013 e desta gestão ruinosa desta maioria PSD/PP, continuará a
estar o cumprimento do limite legal de endividamento, que obriga à redução
anual, sistemática e percentual do conjunto do passivo, com implicação directa
na forte penalização ao nível das transferências do Orçamento de Estado,
recursos tão indispensáveis e fulcrais num momento histórico que
conjunturalmente se atravessa, e num Município tão fortemente debilitado.
A
única alternativa deste executivo para combater o desequilibrio conjuntural da
autarquia, será o recurso sistemático a financiamento bancário e ao agravamento
brutal dos impostos, taxas, preços municipais e penalidades, com fortes
implicações no orçamento familiar dos municipes, e no peso atroz que o serviço
da dívida representará nos próximos anos e que limitará exuberantemente as
próximas gerações, a autonomia dos próximos executivos.
Por
todas estas razões e fundamentos, os vereadores do Partido Socialista, assumindo
uma posição política de consciência futura, pugnando pelos melhores critérios
de gestão dos fundos públicos e finanças municipais, respeitando o princípio da
equidade intergeracional do orçamento, afirmam que o seu sentido de voto às GOP
e Orçamento propostos por esta maioria PSD/PP para 2013 será desfavorável.
Montemor-o-Velho,
10 de Dezembro de 2012
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