quarta-feira, 27 de abril de 2011

Intervenção do vereador do Partido Socialista na reunião de CM de 26/04/2011

Intervenção do Vereador do Partido Socialista, Olímpio Baía, no período antes da ordem do dia, da reunião de CM de 26/04/2011.

A água para consumo humano
Senhor presidente da Câmara a nossa primeira intervenção vai para a qualidade da água para consumo humano.
Como todos sabemos a probabilidade de transmissão de doenças pela água à população é grande, daí a importância do papel interventivo dos distribuidores na luta e controlo deste risco.
Para alem da preocupação com a manutenção dos padrões microbiológicos e da presença de produtos químicos que representem riscos para a saúde, há que ter também presente a necessidade de fornecer água às populações com as características, já conhecidas por todos “insípida, inodora e incolor”.
Os autores consultados por nós, consultados referem que “a cor da água “… é resultado de processos de decomposição que ocorrem no ambiente, sendo as águas superficiais as mais sujeitas à coloração elevada, no entanto as águas mais profundas, podem apresentar uma coloração elevada devido à concentração de sais metálicos como o ferro ou outros, podendo ainda ter um sabor amargo.
A Legislação prevê valores máximos permissíveis para estes sais na água da rede de abastecimento pública, implicando que se tomem medidas quando estes valores forem ultrapassados.
Na água para consumo humano, a vigilância da qualidade e a avaliação dos riscos para a saúde pública pode ser feita por:
Controlo contínuo (pelas entidades fornecedoras).
Vigilância sanitária (pelas autoridades de saúde).
Observação individual (pelos consumidores).
Não sei a causa, porque não disponho de análises, mas na qualidade de Vereador da oposição e como consumidor (Observação individual), quero informar esta Câmara que a água da rede pública que chega às torneiras dos habitantes da freguesia de Tentúgal, macroscopicamente não cumpre com os requisitos para ser água potável porque não é :
Incolor, apresenta-se de cor amarelada e quando deixada num recipiente cria depósito.
Insípida, porque apresenta sabor amargo.
Eu sei que já foram tomadas medidas por esta Câmara para tentar resolver estes problemas, mas a resposta é que não foram eficazes pois estes persistem.

O meu objectivo é:
Alertar para eventuais riscos para a saúde dos consumidores, que esta água pode trazer.
Solicitar a tomada de medidas, mais eficazes para a tornar com os requisitos de água potável.
insípida , inodora e incolor”



Ponto dois
Segurança das pessoas e bens
A segurança é muito importante na vida das pessoas, dependendo de muitos factores, e passa muitas vezes, pela manutenção das suas condições económicas.
Ora este concelho rural, cujos habitantes tem a maior parte das suas economias asseguradas pelos produtos resultantes da agricultura e da floresta, tem necessidade da segurança destes bens.
A nossa intervenção justifica-se, julgamos nós, porque avizinha-se a chegada da época quente com temperaturas por vezes, com valores acima do normal para determinadas épocas, cujo risco de incêndio aumenta.
Neste concelho predominantemente agrícola e com uma grande mancha florestal que muito contribui para a economia dos seus munícipes, se o fogo atingir os haveres destes agricultores descapitaliza as suas economias, já de si fragilizadas por um lado, e cria alterações ambientais e climáticas que podem por em risco os ciclos de produção de outros bens, por outro.
Quero como vereador da oposição, lembrar o papel das autarquias no que diz respeito à protecção civil dos habitantes e seus bens, alias preocupação já aqui manifestada pelo senhor Presidente da Câmara nesta reunião.
Assim nesta área, propunha que fossem abertos acessos, criados aceiros e se procedesse à limpeza dos caminhos rurais para facilitar o acesso dos meios de combate a incêndio, para prevenir e controlar a propagação dos mesmos.
Verifica-se que a falta de desmatação por parte dos particulares é certo, mas na parte que diz respeito à autarquia também há muito fazer na prevenção, limpando e abrindo vias de acesso.
Seria também importante que a câmara pudesse dar apoio de técnicos especializados para que fossem criadas condições para que os proprietários particulares de matas se associassem, a nível concelhio, e em conjunto protegessem as suas florestas, o que seria muito mais fácil do que individualmente.
Dando razão ao velho ditado que diz “ que vale mais prevenir que remediar” é recomendável que fossem tomadas ainda mais medidas para que se os incêndios ocorrerem, pois temos consciência que não os conseguiremos evitar, sejam facilmente controlados e dominados o que será bom para todos.

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