quinta-feira, 7 de março de 2013

PS defende investimento de 40 milhões até 2015



O investimento de 40 milhões de euros até 2015, já previstos no actual Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e destinados às obras inacabadas do Projecto Hidroagrícola do Baixo Mondego, foi defendido, em Montemor-o-Velho, pelo coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia de República, Miguel Freitas.
Esta proposta, exigindo a urgência do investimento, será apresentada a breve prazo na Assembleia da República, garantiu o deputado do PS, na segunda-feira passada, durante um encontro/debate que juntou dezenas de agricultores do Baixo Mondego e Gândaras, no Auditório da Escola Profissional de Montemor-o-Velho.
De acordo com Miguel Freitas, a proposta incluirá ainda outros dois vectores, concretamente o “apoio à produção de arroz, que é a grande actividade agrícola desta região”, assim como a “defesa de uma intervenção territorial integrada para várias zonas do país”, incluindo o Baixo Mondego.
Os 40 milhões de euros já estão previstos no actual QREN para a continuação das obras do Projecto Hidroagrícola do Baixo Mondego e, por isso mesmo, os socialistas consideram “imprescindível” que a verba seja desbloqueada antes de 2015. Caso contrário, existe o receio de este montante vir a ser transferido, e adiado, para o novo Quadro Estratégico Comum (QEC), o sucessor do actual QREN, que se estenderá até 2020. Uma situação que, segundo Miguel Freitas, “não pode acontecer”.
Além disso, os socialistas defendem que o QEC deverá prever os restantes 50 milhões de euros para concluir a totalidade das obras do Projecto Hidroagrícola do Baixo Mondego. Por tudo isto, e se este calendário não for cumprido, o deputado do PS avisou que poderá verificar-se o “perigo” de as obras continuarem paradas e novamente adiadas.
Miguel Freitas lembrou que as obras do Baixo Mondego “estão inacabadas há 30 anos e não podemos levar mais 30 anos para concluir estas obras, porque é fundamental para os agricultores terem água para a sua actividade, no caso concreto a produção de arroz”.
Aliás, foi sublinhado pelos agricultores da região que existem campos do Baixo Mondego que apenas servem para a cultura do arroz, pelo que se esses terrenos deixarem de produzir este cereal “poderá verificar-se uma calamidade económica e social na região”.
Nesse sentido, o responsável pela Agricultura do Grupo Parlamentar do PS afirmou ser urgente “garantir que as obras de regadio se concretizem o mais rápido possível”, defendendo por isso que é preciso que o investimento de 40 milhões de euros esteja disponível até 2015. As obras inacabadas do Projecto Hidroagrícola do Baixo Mondego dizem respeito, principalmente, ao emparcelamento que está por fazer a jusante de Montemor-o-Velho, em terrenos que são destinados à produção de arroz carolino.
Refira-se que este encontro foi uma iniciativa da Concelhia do PS de Montemor-o-Velho, em que participaram, além de Miguel Freitas, os deputados socialistas eleitos pelo círculo distrital de Coimbra. Os parlamentares, acompanhados pelo presidente da Concelhia do PS, Emílio Torrão, e por agricultores, visitaram os locais onde as obras estão por concluir.
Na ocasião, Emílio Torrão sublinhou que Montemor-o-Velho é um concelho essencialmente agrícola, considerando que “é preciso promover principalmente o arroz carolino, mas também as hortícolas”, actividades que constituem “um potencial do desenvolvimento concelhio”.
Emílio Torrão, que é também candidato do PS à presidência da Câmara Municipal, afirmou estar “empenhado em promover e desenvolver uma das vertentes mais importantes do concelho e que é, concretamente, a agricultura no Baixo Mondego e Gândaras”.
Durante o encontro, os agricultores expuseram as suas preocupações aos deputados, com destaque para os custos dos factores de produção, campos abandonados, burocracia existente, impostos e o difícil acesso ao crédito, entre outros problemas.


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